O LIVRO
Devorei o livro numa só noite…
Tenho uma vaga ideia que foi numa noite de inverno daquelas que nos gelam as mãos, o nariz e todo o nosso corpo não revestido.
De quando em vez pousava o livro para esfregar as mãos, na vã tentativa de as aquecer.
De novo, com plena atenção ao livro, desprendia-me do meu corpo, ausentava-me do meu quarto e o frio que sentia era substituído pelo calor abrasador descrito no meu livro.
O sono, esse perdia-se no imenso espaço do meu quarto, e se porventura alguém me observava, alguém num mundo paralelo ao meu, tenho a certeza que via as emoções estampadas no meu rosto.
Se o momento exigia tristeza, ficava triste e uma lágrima solitária rolava pela minha face…
Se o momento era de alegria, nos meus lábios alguém pintava a cores um sorriso único…
E, assim, fiz muitas directas, isto é, saí do meu sono profundo sem nunca ter adormecido.
E com o vigor natural dos meus dezanove anos ia trabalhar com enorme satisfação.
Porque será?
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3 comentários
De Emanuela a 11.09.2007 às 21:12
De teresworld a 12.09.2007 às 10:20
Na infância, mal sabia ler, devorava as imagens de pequenos livros infantis, tipo "A Casinha de Chocolate", "O Soldadinho de Chumbo", etc...
Mais tarde, devorava todos os livros do Tio Patinhas que encontrasse pelo caminho...
E com o passar do tempo fui fazendo a minha propria selecção de livros, de autores, e temas ...
Um beijo
Teres