O LIVRO
Devorei o livro numa só noite…
Tenho uma vaga ideia que foi numa noite de inverno daquelas que nos gelam as mãos, o nariz e todo o nosso corpo não revestido.
De quando em vez pousava o livro para esfregar as mãos, na vã tentativa de as aquecer.
De novo, com plena atenção ao livro, desprendia-me do meu corpo, ausentava-me do meu quarto e o frio que sentia era substituído pelo calor abrasador descrito no meu livro.
O sono, esse perdia-se no imenso espaço do meu quarto, e se porventura alguém me observava, alguém num mundo paralelo ao meu, tenho a certeza que via as emoções estampadas no meu rosto.
Se o momento exigia tristeza, ficava triste e uma lágrima solitária rolava pela minha face…
Se o momento era de alegria, nos meus lábios alguém pintava a cores um sorriso único…
E, assim, fiz muitas directas, isto é, saí do meu sono profundo sem nunca ter adormecido.
E com o vigor natural dos meus dezanove anos ia trabalhar com enorme satisfação.
Porque será?
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1 comentário
De V.A.D. a 13.09.2007 às 01:22
Um beijo...