O PRINCIPEZINHO
Lembro-me quando menina, aí com uns nove, dez anos, receber de presente do meu pai o livro "O PRINCIPEZINHO".
Já passaram muitos anos e o livro, provavelmente guardado no velho armário da casa de meus pais, espera ansiosamente que outras mãos, que não as minhas o folheiam... espera que outros meninos se deliciem como eu me deliciei com o maravilhoso mundo do "Principezinho".
Do livro guardei dentro de mim a sua mensagem...
A mensagem que dele guardei, a história de um menino solitário em busca de um amigo, a história de um menino com coração de ouro, que faz com que pequenas coisas sejam as mais importantes do mundo, como amar uma flor!
Do livro guardei ainda uma palavra, que ficou gravada na minha mente, a palavra "cativar" e o seu verdadeiro significado.
Hoje releio o livro, em voz alta para a minha filha, que deliciada como eu, aguarda cada palavra ditada.
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SILÊNCIO
Behind the Curtain by Victoria Taylor-Gore
Acordo de mais um sonho
Sonho que estou no mar
num barco que navega
sem ondas, sem água
navego no nada
e o meu espanto é imenso
como imenso é o silêncio...
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O AMOR ANDA NO AR...
"Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."
Pablo Neruda
"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar."
Leonardo da Vinci
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CAFÉ
Decidiu partir à procura de si e num acto não irreflectido, pois já há muito que planeava a partida, só esperava o momento chave, reuniu os poucos objectos pessoais, escrevinhou num pedaço de papel duas a três frases em jeito de despedida e deixou tudo para trás...
E tudo era muito. Deixou uma vida incompleta, parte de si não vivia, sobrevivia ao sabor das intempéries da vida. Perdeu anos a lutar contra si e sorria...
Sentia-se segura e lentamente caminhava por ruas que bem conhecia. Olhava com atenção despropositada, este não era certamente o momento para se perder em olhares contemplativos. Os edifícios estagnavam ao mesmo ritmo de sempre como que perdidos no tempo.
Tentava não pensar nas consequências da sua partida, pela primeira vez pensava em si e traçava o caminho que queria percorrer.
Há quanto tempo já não sentia a adrenalina correr nas veias, e o peito a saltitar de emoção, a um ritmo acelerado , sentindo-se viva... livre...
Parou num café majestoso , que sempre a transportou a outros lugares, saboreou um café quente, intenso e deixou-se levar pela imaginação, viajando no tempo.
A melodia suave de um piano pairava no ar e embalada pela musica semicerrou os olhos, bebendo cada nota musical. Sentia o vibrar das notas deslocando-se no espaço, dançando num palco invisível , um bailado subtil e repentinamente pegou na carteira e saiu . Lágrimas corriam pelo rosto que não era o seu e o seu corpo fugia por entre a multidão...
Café Majestic by Azriel Cohen
O Café Majestic é um local ligado à história do Porto não só pela ambiência cultural que o envolve, nomeadamente a tradição do café tertúlia, onde se encontravam várias personalidades da vida cultural e artística, mas, também, pela sua arquitectura de identidade Arte Nova. (pt.wikipedia.org/wiki/Café_Majestic)